terça-feira, 25 de agosto de 2015

Review: The Seven-Ups


“The Seven-Ups” é uma produção americana de 1973, dirigida por Philip D’Antoni e escrita por Albert Ruben e Alexandre Jacobs. No elenco podemos destacar Roy Scheider e Tony Lo Bianco e a nota no IMDB 6,8. Custou pouco mais de 2.4 milhões de dólares e faturou 4.1 milhões somente nos EUA e Canada.

Os anos 70 produziram filmes policiais de alta qualidade. Totalmente imerso no “movimento da contra-cultura” o cinema dessa época nos presenteou com obras como “Serpico” (1973), “Operação França” (1971) e “Chinatown” (1974).Grandes diretos como Sidney Lumet e Roman Polanski e grandes atores como Al Pacino, Gene Hackman e Steve McQueen passam por esse gênero. Tramas centradas nos personagens com interpretações densas e viscerais tornam os filmes policiais dos anos 70 uma passagem obrigatório para quem gosta de cinema.


“The Seven-Ups” pode ser incluído nessa lista. Aqui, Roy Scheider interpreta Budy, líder de um esquadrão especial da policia de Nova Yorque, os “seven-ups”. Prestando contas de seu trabalho apenas ao chefe de policia, a equipe de Budy vem obtendo sucesso na luta conta o crime organizado utilizando, muitas vezes, de métodos pouco convencionais. As atividades da equipe também despertam o rancor dos colegas policiais devido a sua independência e audácia. Mesmo sofrendo pressões Budy e seus colegas seguem seu trabalho de forma implacável.

A melhor fonte de Budy dentro da máfia é Vito (Tony Lo Bianco), amigos de infância, mas separados pelo destino, ambos trocam informações que são utilizadas para atender a seus respectivos interesses tanto dentro da policia quanto dentro da “família mafiosa” de Vito. Isso é tratado de uma maneira muito especial pelo diretor que deixa claro que existe um laço de amizade entre os dois, mas em nenhum momento nenhum deles trai a organização a qual esta inserido. Essa cooperação mútua é regrada por limites não declarados, mas percebidos, e o ponto chave do filme.


Uma série de sequestros a membros da máfia passam a acontecer na cidade, surpreendendo tanto a policia quanto os mafiosos. A desconfiança e tensão instauram-se de ambos os lados. Quando um dos membros dos “seven-ups” é capturado morto por mafiosos Budy é confrontado por seus chefes que acusam a ele e o esquadrão de estarem envolvidos nos sequestros.

Roy Scheider (falecido em 2008) mostra aqui como era um grande ator. Transmite toda a raiva de quem parte em busca de justiça e depois toda a decepção ao descobrir que Vito, seu velho amigo, era o responsável pelo sequestros e também pela morte do policial. O desfecho da história, que pode soar estranho nesses dias politicamente corretos, mostra bem como eram os filmes dos anos 70, cruéis e verdadeiros.


Se não for por tudo isso, “The Seven-Ups” ainda tem uma das melhores cenas de perseguição de carros do cinema. São 10 minutos de alta velocidade, ruas de verdade e carros de verdade. O legado de um tempo em que as sequencias de ação eram filmadas com atores e não geradas por computador. Enfim, para aqueles que desejam descobrir mais sobre essa época e aprender mais sobre a história do cinema, assistir a esse filme seria um bom começo. Nota 8,0.
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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Notícia: A 7º temporada de The Vampire Diaries terá duas linhas temporais?


Como pudemos ver na Season-Finale da sexta temporada, Mystic Falls apareceu completamente devastada, nos dando uma ideia do que virá a seguir. Para completar, Julie Plec, produtora da série, revelou ao Entertainment Weekly que The Vampire Diaries terá duas linhas temporais acontecendo ao mesmo tempo. 

“Na verdade, retornamos em todo o lugar. Começamos um pouco no futuro e, ao mesmo tempo, em um futuro mais distante. Faremos uma espécie de mistura de tempo no começo da temporada. Uma linha temporal se inicia bem à frente no futuro e a outra vai nos explicar os eventos da cena final da última temporada”.

Com certeza essa revelação nos deixa muito mais ansiosos para a sétima temporada. 

The Vampire Diaries estreia sua 7º temporada no dia 08 de Outubro nos Estados Unidos.

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Notícia: Marvel planeja lançar um spin-off e ABC já encomendou o piloto!


Há pouco tempo atrás ficamos sabendo que um spin-off de Agents Of SHIELD estaria sendo planejado pela emissora ABC e a Marvel, o mesmo sendo focado na personagem Harpia. O canal já encomendou o episódio piloto e a série se intitulará "Marvel's Most Wanted".

Como já foi dito, o spin-off será focado na heroína Harpia (Adrianne Palicki) e também seu ex-marido, Lance Hunter (Nick Blood). Jeff Bell, Paul Zbyszewski e Jeph Loeb serão os showrunners e produtores executivos da série. Jeff e Paul, que também são produtores de Agents Of SHIELD, criaram e roteirizaram o piloto de "MMW".

Não foram revelados muitos detalhes sobre o enredo, porém boatos afirmam que a série se focará única e exclusivamente nos dois personagens, continuando suas histórias. 

Também não foi divulgada nenhuma data de estreia, porém, acredita-se que o piloto irá ao ar a partir de um episódio especial em Agents Of SHIELD. 

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Review: Missão Impossível - Nação Secreta


Para você que está lendo esta review tenho um aviso a te dar: sou extremamente fã de filmes de ação envolvendo agentes secretos, cenas muitooo mentirosas, missões suicidas, inteligência russa/americana/árabe/canadense/turca/alemã, então é claro que eu gosto muito mesmo da série Missão Impossível. Por isso não me julguem, pois, minha crítica ao filme será sim tendenciosa.

A franquia Missão Impossível teve seu primeiro filme lançado em 1996, na época eu tinha apenas 4 anos, então não me lembro qual foi a primeira impressão que o público teve do agente secreto Ethan Hunt. Mas me lembro perfeitamente bem da minha emoção/aflição, anos mais tarde, ao ver pela primeira vez a clássica cena da gotinha de suor escorrendo pela testa do Tom Cruise. Depois disso foi só amor, Ethan Hunt conseguiu me surpreender filme a pós filme, minha empolgação apenas ficou maior a cada cena de abertura (sabe aquela com a musiquinha sensacional de MI, que tem um pavio, ou algo assim, pegando fogo e mostrando as principais cenas do filme? Muito amor por estas aberturas).

Mas depois de 4 filmes você começa a pensar que nada mais vai te surpreender, que o enredo é o mesmo, a história é a mesma e que não vai ser tão divertido assim. De fato, Missão Impossível – Nação Secreta tem a mesma estrutura utilizada dos filmes anteriores, mas cara é muiiiito bom, você se diverte do mesmo jeito, é como se você estivesse vendo pela primeira vez o agente mais foda da IMF.


Simplesmente não tem como não achar Missão Impossível um dos melhores filmes do ano, ainda mais quando estamos na era dos filmes de super-heróis. Não que eu não goste deste tipo de filme, na verdade gosto e MUITO, mas com a ascensão da Marcel e DC, os clássicos filmes de ação foram deixados de lado. São poucos os bons lançamentos do gênero “ação a lá Bruce Willis” e mais raros ainda os filmes que envolvem ação/inteligência/cenas de qualidade. Por isso quando você se depara com Tom Cruise em sua melhor performance, nos últimos anos, os olhinhos brilham de emoção.

Missão Impossível – Nação Secreta começa com Ethan Hunt (Tom Cruise) sendo capturado por uma organização conhecida como Sindicato e com a IMF sendo desativada pelo governo americano. Com a ajuda da bela e duvidosa Ilsa (Rebecca Ferguson) o agente consegue escapar, mas sem o apoio da IMF e sendo procurado pela CIA, que queria faze-lo responder por toda a baderna causada nos filmes anteriores, Ethan Hunt fica sozinho e com uma missão pessoal: Acabar com o Sindicato.


O filme conta com todos os elementos necessários para fazer parte da franquia: Uma missão impossível (avá!!!), cenas alucinantes no ar, cenas alucinantes de carro, cenas alucinantes de moto, cenas alucinantes de perseguição, cenas muiiiiito mentirosas mas com uma qualidade sensacional, uma atriz muito bonita que deixa Ethan Hunt com cara de babaca o filme todo, tecnologias sensacionais (muitoooo superiores as de 007, principalmente com relação aos 3 últimos filmes), Ethan Hunt sendo badass, Ethan Hunt indo contra todas as ordens de seus superiores, Ethan Hunt sendo preso, Ethan Hunt e sua equipe explodindo coisas.

Enfim, já deu pra ver que este é sim um típico filme de MI, mas o que faz dele um sucesso é o fato de que os diretores/produtores/roteiristas melhoraram todos os elementos que consagraram a franquia e ainda conseguiram elaborar uma história interessante, intrigante e até surpreendente em muitos aspectos.


As cenas de ação são ótimas, mas poderiam ter sido muito melhores, achei o posicionamento das câmeras meio confuso o que não me permitiu ver no detalhe todo os socos, chutes, nocautes, etc. Já as cenas de perseguição em carros e motos foram simplesmente perfeitas e, sem medo de ser repetitiva, ALUNCINANTES. Um ponto interessante neste filme é que a "missão impossível" parece realmente ser impossível, para evitar spoliers digo apenas que a missão é de tirar o fôlego rsrsrsrs. A história do filme, assim como em todos os outros, é bem construída, inteligente e as coisas se encaixam perfeitamente, mas a grande surpresa fica por conta da personagem Ilsa.

É comum que em todos os filmes Ethan Hunt conheça uma bela mulher, flerte com ela o filme todo e confie nela plenamente... MASSS é aii que a coisa pega, enquanto Ethan confia cegamente em Ilsa, você no outro lado da tela começa a se questionar do lado de quem ela realmente está. Em uma cena a personagem ajuda Hunt, na outra ela o traí, já na cena seguinte ela o salva e na outra ela quase o mata, enfim, este jogo de (des)confiança permanece durante todo o filme te deixando louco para saber o que ela vai fazer e quem ela vai trair.


Além de muita ação, o filme continua com aquele humor inteligente e sarcástico, mais uma vez Benji arrasa, ele nos proporciona as cenas mais engraçadas do filme, até Jeremy Renner faz suas piadinhas para contribuir com o ar mais cômico do filme. Mas o que surpreendeu mesmo foram as caras e bocas, pra lá de engraçadas, feitas pelo próprio Tom Cruise, parece que ele se divertiu muito fazendo o filme.

Acredito que esta linha de filmes que retratam missões de agentes secretos é muitooo ampla, há inúmeras possibilidades de entreter o público, vários caminhos a serem trilhados, os mais diversos vilões podem ser introduzidos, mas o difícil mesmo é deixar o público com aquele gostinho de quero mais, é fazer com que o expectador durante o desfecho do filme se ajeite na cadeira e pense: PQP! E graças aos deuses dos bons filmes, por diversas vezes eu pude ter este pensamento ao assistir Missão Impossível – Nação Secreta.


Fora o posicionamento das câmeras não tenho o que reclamar, claro que Ethan Hunt é estilo Bruce Willis em Duro de Matar, o cara é foda mesmo, faz um monte de coisas que você sabe que é mentira. Mas sinceramente eu não sou daquele tipo de pessoa que acha ruim quando o filme me traz uma cena claramente impossível de ser realizada na vida real, o que importa é a qualidade, se a cena for bem executada pode mentir à vontade que eu vou gostar e ainda bater palma. 

O filme além de emocionante, inteligente e cheio de ação, é leve, divertido, intrigante e te deixa com um gostinho de quero mais, pelo menos mais 5 filmes rsrsrsrs. Por isso 9,0 shots para o filme.

PS: Fato mais surpreendente do filme: ETHAN HUNT NÃO PEGA NINGUÉM ..... PASMEM!!!!

PS 2: Quero ver o Oliver Queen fazer o que Ethan Hunt faz;

PS 3: Quero ver o Toretto fazer o que o Ethan Hunt faz;

PS 4: Entendedores entenderão!


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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Review: O jogo da imitação


O jogo da imitação, lançado em 2015, dirigido por Morten Tyldum e estrelado por Benedict Cumberbatch, retrata a biografia do cientista, matemático, arrogante, anti-social e pai da comutação, Alan Turing.

O governo inglês está selecionando a dedo os maiores gênios para decifrar uma máquina alemã conhecida como Enigma, que criptografava todas as mensagens dos alemães nazistas e tornava impossível de ser traduzida, já que o código era mudado a cada 24 horas. A função deles era decifrar todos os dias o novo código, tendo chances de derrotar a Alemanha e assim acabar com a Segunda Guerra Mundial. Alan Turing não foi propriamente chamado pelo governo, mas se fez chamar. Sempre arrogante e se achando capaz de decifrar a Enigma, ele se apresenta ao governo para participar da equipe. Só tinha um problema: Alan Turing não sabia trabalhar em grupo. Enquanto todos se esforçavam para decifrar o código do dia, ele ficava isolado, trabalhando em uma máquina que, segundo ele, seria capaz de decodificar a Enigma.

O grande foco proposto no filme não chega nem a ser a criação da "Máquina de Turing", mas a importância do trabalho em equipe. O Turing acabou conquistando a antipatia de todos da equipe e, por conta disso, diversos atritos e desentendimentos aconteceram, sendo algo bastante explorado durante o longa. Até a chegada da Joan Clarke (Keira Knightley), única mulher do grupo, que consegue guiar o mostrar ao Alan a importância do trabalho em equipe.



Além disso também temos diversos flash back, onde conhecemos um pouco mais do Alan Turing do colegial e nos ajudam a entender outro ponto importante de sua vida: ser homossexual em uma Inglaterra da década de 40, onde a homossexualidade era tratada como crime.

No fim, mesmo conseguindo desenvolver a "Máquina de Turing", que podemos chamar mais intimamente de papai dos computadores, Alan Turing foi condenado por sua homossexualidade e obrigado a se submeter a uma castração química com hormônios femininos, além de ser afastado de toda e qualquer pesquisa cientifica. Em 1956, não suportando mais a vida infeliz que levava, cometeu suicídio.

O jogo da imitação é um filme excelente em seu começo, meio e fim, Fui capaz de sentir o desespero, medo e angústias vivido por Alan Turing, graças a interpretação sensacional do Benedict Cumberbatch. Logicamente, minha nota para o filme é 10,0.
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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Review: Sonhando Alto


Pois bem pessoas, cá estou trazendo mais uma review pra vocês. No episódio de hoje, resolvi falar sobre um filme de 9 anos atrás (2006), mas que traz ideias sensacionais para as nossas vidas.

Antes de começar a falar da história, vamos aos dados técnicos. De acordo com o pessoal do Adorocinema, Sonhando Alto teve um orçamento de 13 milhões de dólares, nada grande quando comparado aos filmes da época. Fato este que interferiu, de certa forma, na sua qualidade, alcançando a média de 6,3 nas revisões do IMDb. Outro item interessante é que a história se passa no Texas, porém todas as filmagens foram feitas no estado do Novo México. Como último detalhe, este filme não passou pelo cinemas brasileiros, não sendo assim, muito conhecido. Enfim, vamos à história.

Como já mencionado, a história se passa no Texas e, logo de início, vemos o protagonista, Charles Farmer (Billy Bob Thornton) andando à cavalo pelos desertos e vestido de astronauta. Como o óbvio, eu logo pensei: Esse cara não tá sentindo calor? Solzão daqueles, roupa toda acolchoada... no mínimo ele é louco! E eu não estava enganado, pois é nessa premissa que o filme se baseia, no quão "louco"  você pode ficar na visão das pessoas para alcançar o que quer. Calma, irei me explicar melhor.

Charles tem um sonho: Se lançar em um foguete afim de ter uma experiência espacial. Apesar da formação de engenheiro aeroespacial, ele nunca esteve no espaço e a sua ambição fica clara quando é entrevistado na escola de seus filhos. Estes, por sua vez, sempre admiram o pai e acreditam no sonho dele. Aliás, a família inteira, principalmente a esposa Audrey (Virginia Madsen).

Por falar em família, o filme nos mostra um conceito muito bonito de união entre parentes. Desde a filha mais nova até o sogro, todos têm o pensamento alinhado no sonho de Charles. As cenas nas quais eles estão jantando são muito legais. Algo que foi perdido em muitos lares nos dias atuais devido a tecnologia que temos (celulares e computadores) ou outros motivos particulares.

Porém, como todos sabemos, nem tudo é fácil assim. Sempre existirão obstáculos para alcançarmos aquilo que queremos. Isso acontece com todo mundo, mas a diferença está em como lidamos com as diversas complicações. No filme, contei, ao menos, 5 obstáculos. Vou discorrer sobre eles.

O primeiro é a questão financeira. Charles precisa de empréstimo para comprar combustível para seu projeto e, quando recorre ao seu "amigo" bancário, é esculachado e tentado a desistir de seu sonho. As dívidas só aumentam, levando à extremos como hipotecar a casa em caso de não quitação no prazo de 30 dias. Preocupado, ele vê uma solução: Colocar todas as pessoas possíveis em seu projeto para realizá-lo o mais rápido possível. E é aí que se destaca o filho mais velho de Farmer: Shepard (Max Thieriot). Com apenas 15 anos, o menino é um gênio da engenharia. Confesso que senti um pouco de exagero no vasto conhecimento demonstrado pelo garoto, mas é aceitável.

Outra solução genial que Farmer teve para essa questão foi a busca de patrocínios, pois o FBI começou a acompanhá-lo de perto e isso trouxe a imprensa. Aproveitando os poucos momentos de fama, Charles procurou por lojas oferecendo espaços para propagandas em seu foguete. Perceba que ele buscava a solução com aquilo que já tinha. Quantos de nós simplesmente não ficamos lamentando o que não temos e nada fazemos com aquilo que já temos?

Segundo obstáculo: Tachado de louco, Charles vai à psicóloga. Ela, não diferente de todas as pessoas do Texas, tenta colocar na cabeça dele para desistir e que sonhos são para crianças. Cara, que ridículo isso. Ele dá de ombros e segue a vida, nada diferente do que eu esperava.


Terceira pedra: O Governo. Com o FBI na sua cola, Farmer tentou convencer a NASA e o Governo dos EUA de que o lançamento de seu foguete não era uma ameaça. Vemos Bruce Willis em uma atuação mediana pra fraca como comandante da NASA. J.K. Simmons, por sua vez, foi filho da puta na audiência sobre a autorização (ou não) do lançamento. A decisão final, adiada para 60 dias. Conclusão: Farmer ficando sem tempo.

Se você acha que isso foi muito, calma. Com o prazo de 30 dias da hipoteca de sua casa se findando, a pressão dentro da família aumentou e o conflito se inicia. Vendo tudo desabar, Audrey tenta convencer seu marido de desistir da ideia, algo que me surpreendeu bastante, pois eu a achava a pessoa mais firme de todas (mais do que o próprio sonhador, Charles), principalmente depois de questionada pelo seu pai sobre uma possível falha no lançamento do foguete. E é neste momento que eu me deparo com a questão principal da realização de um sonho: Deixar um legado. Firme, Charles afirma que faz tudo pela sua família e realizar este sonho significa mostrar algo a mais pra sociedade e principalmente para seus filhos. Sensacional. 


Como quinto e último obstáculo temos o fracasso da missão. Charles pressionado e se vendo sem saída, resolve fazer um lançamento com aquilo que tem. Sem sucesso, ele quase morre. Apesar de descrente e sem forças pra voltar em busca daquilo que quer, sua família entra em ação e mostra que toda aquela união não é em vão. Reerguido e energizado, a perseverança conquista o homem e ele volta ao trabalho. E aí eu vejo um furo no roteiro. Pense comigo: O FBI não considerava o seu foguete uma ameaça? De fato, ele por pouco não matou os repórteres que cercavam a sua casa com este lançamento precoce. Novamente, ele recomeça a construir e ninguém (FBI, imprensa e Governo) fala nada? Pelo menos se questionaram ou implicaram, não foi mostrado no filme. Enfim, acontece.

A conclusão desta história eu dispenso contar. Apesar deste filme ter cara de "Sessão da tarde", eu gostei bastante e consegui retirar várias coisas dali. A primeira delas e a principal é a ação de sonhar. Cara, se tem uma coisa que dá força e traz o ser humano pra outro estado é o sonho. Se fizermos uma analogia entre a vida e um carro, o sonho seria o combustível. A força de um sonho é incrível. O grande problema de pessoas estagnadas na vida está aí, elas não sonham ou não fazem nada para chegar mais perto do seu sonho. Portanto, sonhem! Pense que as grandes invenções saíram de grandes sonhos que se tornaram realidade. Outra coisa que pode ser observada neste filme é a perseverança. Obstáculos sempre virão e você tem que ter resiliência para passar por cima deles. É como se diz por aí: Se fosse fácil, todo mundo fazia. Para não estender muito, vou ao terceiro e último item: Família. Cara, você tem que ter um porto seguro para fazer as coisas andarem. Não adianta correr se você não tiver um chão para se firmar. Por essas e por todas as lições de vida passadas neste filme, a nota é 9,0. Como bônus, lhes deixo com o vídeo abaixo. Sem mais e até a próxima, pessoas! 




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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Review: O Predestinado


Lá e de volta outra vez.

Usando essa referência de um dos melhores filmes (Lord of The Rings) que vi volto a fazer parte do time To Be Continued. Dessa vez falaremos de um filme que me surpreendeu muito, que foi inusitado em quase todos os quesitos e que muito provavelmente passou despercebido pela maioria por não ter sido exibido nos cinemas. Então sem mais delongas vamos ao filme. 

Viagens no tempo e todos os seus paradoxos intrínsecos são sempre fascinantes, principalmente no mundo do cinema, mas são raríssimas as produções que conseguem trazer histórias tão incríveis e espetaculares como “O Predestinado”. O filme foi lançado em meados de junho de 2014 e trata-se de um filme com um roteiro ambicioso, ótimas atuações e uma quantidade quase inacreditável de grandes viradas na trama. Confesso que quando assisti esse filme, logo nos primeiros minutos já me perguntei: Putz, por que esse filme não foi para o cinema? 

A trama acompanha a vida de um ‘agente temporal’ (Ethan Hawke) que trabalha viajando no tempo realizando missões pontuais para aplicar a lei durante a eternidade. Em seu último trabalho, ele deverá perseguir um terrorista que sempre lhe escapou ao longo do tempo. Tratando isso como uma “quase” obsessão o enredo nos leva a acreditar que finalmente ele irá conseguir. Mas ele consegue? Não consegue? Não pense que vou estragar a surpresa.  Contar mais sobre a história só prejudicaria a diversão de quem ainda não assistiu ao filme.

O roteiro é muito bem construído e amarrado, algo difícil quando se fala de viagens no tempo. E todos as perguntas e explicações que carrega consigo e o melhor: ele usa de sentimentos dos personagens, não sei dizer se amor, mas o que sei é que você fica completamente hipnotizado com a situação. Existe uma crescente no argumento (Visão de viajem no tempo do diretor) e em todos os arcos criados que são sempre muito bem fechados. Começa com uma simples conversa de bar e vai muito, muito além do que você possa querer imaginar.

A ambientação temática anos 70 que não fica apenas nos cenários e locações como também no próprio figurino ou até mesmo na maleta (Máquina do tempo?) que é utilizada para saltar no tempo, com direito àquelas engrenagens onde se coloca a data para onde se deseja ir, contribuem muito com o clima proposto. Isso sem falar nas atuações incríveis do sempre ótimo Ethan Hawke e da Sarah Snook, que está como se diria no século passado “chocante”. Dos trabalhos que assisti dessa atriz este foi o melhor até aqui. Linda altiva e completamente dentro do personagem.

Para todos aqueles que adoram uma boa ficção científica com viagem no tempo, com uma pegada mais clássica das produções mais antigas e que, principalmente, querem sair do básico com uma trama inteligente e cheia de mistérios muito bem solucionados e explicados, volte no tempo (amanhã pode ser tarde demais) e gaste 97 minutos da sua vida assistindo “O Predestinado” e se prepare para ser surpreendido, mais de uma vez.

Nota 9,0 fácil para esse filme, perfeito quando um filme nos leva a ficar preso totalmente na trama desde o início. 
  1. Soltei bem uns 5 ou 6 ‘PQP!’ durante o filme. As viradas na trama são realmente muito bem boladas.
  1. Finalmente você vai ter uma resposta para todos aqueles que sempre fazem a cretina pergunta: “Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?”. Resposta: “O galo”.



Continua...