segunda-feira, 2 de março de 2015

The Walking Dead: S05E12 - Remember


Ah que maravilha! Depois de umas "férias forçadas" pela faculdade, estou de volta com as reviews de The Walking Dead. Que saudade de fazer isso! Um episódio que mostra o início de um novo cenário para a série e, espero eu, uma história que não finde em: adaptação à pessoas novas, descobrir o vilão, matá-lo e continuar na rua sem rumo na vida. Porque convenhamos, já estamos cansados deste tipo de arco. Então por favor AMC, vamos caprichar dessa vez!

O episódio começa na cena em que o 11º terminou: A chegada em Alexandria. Deveriam ter feito isso nesta quinta temporada mesmo. Eu digo "isso", porque Alexandria existe nos quadrinhos e era uma das "lenhas para se queimar" da série. Não achei precoce. Veio na hora certa.

Com todos muito desconfiados (claro, vide Woodbury. Beijos Governador), é apresentada a manda-chuva do pedaço: Deanna Monroe. O fato de filmar as conversas e pregar a transparência foi uma coisa muito interessante que fizeram, pois mostrou para o público os sentimentos de alguns personagens do grupo em relação ao seu passado, justificando o título do episódio.

Começando com Rick, TOTALMENTE precavido. Na conversa, se repararem, até o jeito de sentar na poltrona é no modo de ataque. Um destaque para a fala dele: "Agora, tudo se trata de sobrevivência". MITO. Outro ponto a ser observado é a evolução do nosso protagonista. Rick Grimes, como policial, havia usado a sua arma uma vez antes de ser atingido pela bala que o deixou em coma (início da série). Agora, o cara anda com uma mão na arma, um facão do outro lado e se o barulho do vento fazendo a curva for diferente, ele quase atira! É admirável quando em uma série, a produção desenvolve tão bem um personagem. Mas é claro que isso (a evolução), não seria possível se Andrew Lincoln não tivesse a dedicação que tem para fazer o personagem. Pra mim, nesta temporada ele se superou. Melhor atuação em comparação às outras quatro, desde o aspecto físico até o psicológico.


A transparência e sinceridade de Rick na gravação faz com que Deanna declare um fato: Ela exilou três homens, deixando-os pra morte (segundo ela, é claro).

Após a "entrevista", Aaron lhe apresenta duas opções de moradia. Em uma delas, vemos Rick tomar banho, tirar a barba e com o auxílio de uma mulher (muito bonita, diga-se de passagem), cortar o cabelo. Confesso que eu fiquei aliviado por ele. Depois que Tyreese morreu, a humanidade havia acabado no grupo. Todo mundo selvagem, parecendo animais. Limpando a cara do protagonista, estão trazendo de volta um pouco de humanização pra série. Uma confirmação dessa intenção, são as citações que foram feitas por Rick e Carl sobre Lori, relembrando os momentos antes do apocalipse.

Aproveitando que falei de Carl, assim como seu pai, apresentou dificuldades de aceitação e adaptação. Sempre investigativo, percebe que Enid esconde alguma coisa desde à primeira vista. Quando a segue, ele a perde de vista e acaba encontrando seu pai, que saiu para buscar a arma que havia escondido. Muito provavelmente existe alguém os observando e os seguindo, porque, primeiro que armas não somem de vasilhas de liquidificador sozinhas e segundo que Enid não "sumiu" da vista de Carl atoa, pode ser que esteja colhendo informações pra outras pessoas sobre Alexandria. Então, vamos ficar alerta Sr. Rick, by the way.

Para não ser injusto (só Rick e Carl), vamos falar de Daryl. Ele com certeza será os "pés no chão" de Rick. Quando tudo tiver bem e der merda, ele pensará: Eu previ isso! Ele não se entrega. Acostumou com a vida "lá fora" e nunca baixará a guarda. Na conversa com Deanna, é clara a sua intenção com o grupo: Garantir a moradia de Carl e Judith (linda, por sinal!).

Carol, por sua vez, retrata como era a sua vida de casada. Eu não entendi quando ela disse: "Sinto falta daquele homem burro (Ed) e incrível todo dia". Ah sinceramente, sem noção. Vamos pensar um pouco: nos quadrinhos, Carol mal lembra quem era seu marido e fica com o Tyresse. No seriado, o episódio (não me lembro de cabeça) que ela apanha do Ed, o Shane vai lá e dá uma correção no cara (saudades Shane :/). Ela, em momento algum, fica com dó dele, até mesmo quando ele morre. Aí agora vai me dizer que sente falta? Sem lógica. O interessante mesmo, é o retrato de papel de "mãe" do grupo e o reconhecimento que ela não era nada no início de tudo (realmente, eu torci pra ela morrer na fazenda do Hershel. Era inútil, rs).

Para finalizar sobre as "entrevistas", Glenn e Michonne deixam claro que querem que aquele lugar "funcione", que tudo fique bem e felizes para sempre. Uma mera ilusão, pois nem na vida real isso é possível, imagine em um apocalipse zumbi.


Aproveitando que citei o Glenn, vamos ao desentendimento. Aiden, filho de Deanna, escolhe os substitutos para dos exilados: Glenn, Tara e Noah. Cara, esse Aiden tem probleminhas. Ele quer amarrar um zumbi, na intenção de fazê-lo sofrer? Tenho um recado pra você, juvenil: Zumbis não sentem dor, imbecil! Sobre o conflito, gostei da postura de Glenn e também dos créditos dados à Rick e Michonne. Criticada na primeira metade da temporada, os diretores investiram na espadachim e agora posso dizer que ela está com a moral MUITO elavada. Tanto é verdade que recebeu o mesmo "trabalho" de Rick: Ser policial de Alexandria. Espero que a adaptação de Rick à "nova" profissão seja feita de forma coerente e que Alexandria não passe tão rápido quanto Terminus passou. Também ansioso para ver o senso de justiça do grupo de agora em diante. Ps.: Alguém viu o padre Gabriel por ai? Eu não.

Para finalizar, sobre os três exilados. É bem provável que tenham se juntado ou formado um novo grupo que irá incomodar Alexandria e, por consequência, Rick. Há chances remotas de que um deles seja o Negan (quadrinhos). Aguardemos.

Em linhas gerais, foi um excelente episódio. Houve um pouco de nostalgia, devido à lembrança de alguns personagens e a volta de Rick Grimes policial (primeira temporada). Enfim, tudo está encaminhando pra um bom fechamento desta temporada, item fundamental pra continuação e audiência da série. Portanto, a nota é 9,0.

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