domingo, 9 de novembro de 2014

Cinema: O Juiz (The Judge)

Karen Santos: O filme desta semana é O Juiz, confesso que tive um certo preconceito com este filme, principalmente porque quando li a sinopse me deu o maior desânimo, deu a entender que o filme seria parado, chato, bem “dramão” mesmo, e de fato é um dramão, mas o filme não tem nada de chato, parado ou comum.

Hank Palmer (Robert Downey Jr) é um advogado de grande sucesso, que tem como principais clientes, pessoas culpadas, já que, como ele mesmo disse, pessoas inocentes não possuem dinheiro para pagar pelo seu serviço, ahahahah.

Hank se vê obrigado a retornar para sua cidade natal, da qual estava afastado há 20 anos, para o velório de sua mãe. Quando chega à cidade encontra seus irmãos e seu pai (O Juiz), com o qual evidentemente ele não se dá nada bem.

Após o velório e algumas discussões com seu pai, Hank decide ir embora, e é quando a trama começa, seu irmão mais velho liga para ele e pede para que ele não vá embora, pois seu pai estava sendo acusado de assassinato.

A trama de desenrola em volta do julgamento de Joseph Palmer (Robert Duvall), mas não para por aí, o filme conta ainda com histórias paralelas que completam o enredo, há uma possível filha que Hank desconhecia, um antigo amor, vários dramas do passado da família Palmer, o casamento destruído de Hank e a doença do Juiz.  

Quem olha qualquer sinopse do filme logo pensa que este se trata de mais um grande drama das telonas, mas pra começar não se trata apenas de um grande drama, temos Robert Downey Jr, Robert Duvall, e Billy Bob Thornton arrasando em seus respectivos papeis. Só por este fato já vale a pena ver o filme, eu particularmente fui assistir apenas por este motivo. Mas gente que filme surpreendente, em suas 2:20 de duração você simplesmente se apaixona pela história, você torce junto com os personagens, você se diverte com Robert  e suas tão conhecidas cenas de ironia/cinismo/sarcasmo, você se solidariza com a situação de Joseph Palmer, você se pega querendo saber mais e mais sobre o passado desta família. Enfim o filme tem o poder de te prender, fazer com que você realmente preste atenção no que está sendo contado.

Em momento algum me cansei do filme, e olha que em todo filme de drama é muito comum ter aquela partezinha na qual te dá um sono, ou uma vontade de ir embora do cinema (jogue a primeira pedra quem nunca sentiu isso ahahahah), mas em O Juiz fiquei focada e intrigada o tempo inteiro, acredito que seja tanto pela atuação dos atores (Gente é sério, eles arrasam, acho que o Duvall merecia um Oscar, atuação perfeita!), quanto pela dinâmica das histórias desenvolvidas ao longo do filme (neste aspecto pontos para as cenas do julgamento, são lindas, e quebram a monotonia do filme).

 Mas com certeza você ai deve se perguntar... e Robert Downey Jr?...  vivendo um dramão familiar, pode isso produção? PODE SIM, é claro que estamos falando de Robert Downey Jr, e toda vez que você olha pra ele você vê o Homem de Ferro, não tem jeito, é tipo Hugh Jackman com o Wolverine. Mas gente Downey detonou no papel, provou que sabe fazer muito mais do que ação, e conseguiu passar o que a Diretora do filme, que inclusive é esposa dele, queria ali, você verá Robert Downey Jr em sua atuação mais pura, sem explosões, alienígenas, armaduras, lutas, guerras, é apenas ele a câmera e você!


Jian Oliveira: Então, escolhemos O Juiz. Por quê? Simples, Robert Downey Jr é o ator principal e... não, só isso mesmo, não vi o trailer, ninguém me recomendou, nada, apenas ter Tony Stark Robert atuando já é uma grande atração. E que belíssima atuação ao interpretar o advogado Hank Palmer, ele soube repassar ao público todas as emoções do personagem, a ira em relação ao tratamento que ele recebe do pai (o tal Juiz, Joseph Palmer), o desespero ao tentar defendê-lo da acusação de assassinato (oooo véio difícil viu kkkk), o amor que tem pelos irmãos, dentre outras. Porém quando ele é irônico, para mim é simplesmente Tony Stark, o personagem da Marvel é tão a cara do ator, que ele não consegue largá-lo em alguns momentos (mas nada que atrapalhe o filme).

Judge Joseph Palmer é quem se encarrega de dar trabalho para Hank o filme inteiro (ótima atuação de Robert Duvall). Hank possui uma grande carreira como advogado na cidade, mas volta ao interior, onde o pai e os irmãos moram, por causa da morte de mãe. Chegando lá ele só é hostilizado pelo pai, que ao final do filme nos dá a explicação para tanto desentendimento, Hank foi uma criança muito difícil e precisava de corretivos (mas ele não é teimoso igualzinho o pai?). E sãos as constantes brigas entre os dois divertem e comovem durante o filme.

Então, o filme tem boas atuações, mas é aquele negócio lentiiiinho e cheio de mimimi que os dramas têm. Pra mim a parte mais interessante fica por conta da defesa feita por Hank, uma vez que ele quer usar todos aqueles artifícios sujos que ele usa para defender bandidos, enquanto o pai quer algo honesto, manter sua reputação e ainda esconder de todos a doença que sofre (o câncer, modinha!). Ou seja, é uma receita para o desastre e os confrontos entre os dois são ótimos (é a parte pela qual vale a pena assistir o filme).

E no final, não sabemos se o Juiz realmente assassinou o cara ou não. Eu acho que sim, ainda mais depois de todo o histórico (o juiz dar uma pena pequena para o cara no primeiro crime pela semelhança com seu filho, mesma semelhança que faz Joseph mandar o filho para o reformatório, o cara sair e assassinar uma pessoa e ainda depois que sair da cadeia pela segunda vez dar muuuuito a entender que matou a esposa do juiz), então acho que ele matou mesmo. E você mataria?

Nota: Jian Oliveira – Boas atuações, um enredo um pouco devagar e algumas emoções pontuais, a parte principal que é o julgamento foi ÓTIMA. Então vou dar um 6,5.

Nota: Karen Santos – A história é intrigante, as atuações são ótimas, e apesar do assunto ser bastante comum  (mas um drama familiar) o filme não trata apenas disto, tem o suspense do julgamento, que te faz querer ver o filme até o final, tem partes engraçadas, tem conflitos, tem romance, tem Robert Downey Jr em um personagem bem diferente do que você está acostumado a ver, tem Robert Duvall em uma atuação sensacional, enfim um filme quase completo, por isto e muito mais minha nota é 8,5.


Nota Final: 7,5

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