Karen
Santos: O filme desta semana é O Juiz, confesso que tive um certo preconceito
com este filme, principalmente porque quando li a sinopse me deu o maior desânimo,
deu a entender que o filme seria parado, chato, bem “dramão” mesmo, e de fato é
um dramão, mas o filme não tem nada de chato, parado ou comum.
Hank
Palmer (Robert Downey Jr) é um advogado de grande sucesso, que tem como
principais clientes, pessoas culpadas, já que, como ele mesmo disse, pessoas
inocentes não possuem dinheiro para pagar pelo seu serviço, ahahahah.
Hank
se vê obrigado a retornar para sua cidade natal, da qual estava afastado há 20
anos, para o velório de sua mãe. Quando chega à cidade encontra seus irmãos e
seu pai (O Juiz), com o qual evidentemente ele não se dá nada bem.
Após
o velório e algumas discussões com seu pai, Hank decide ir embora, e é quando a
trama começa, seu irmão mais velho liga para ele e pede para que ele não vá
embora, pois seu pai estava sendo acusado de assassinato.
A
trama de desenrola em volta do julgamento de Joseph Palmer (Robert Duvall), mas
não para por aí, o filme conta ainda com histórias paralelas que completam o
enredo, há uma possível filha que Hank desconhecia, um antigo amor, vários
dramas do passado da família Palmer, o casamento destruído de Hank e a doença
do Juiz.
Quem
olha qualquer sinopse do filme logo pensa que este se trata de mais um grande
drama das telonas, mas pra começar não se trata apenas de um grande drama,
temos Robert Downey Jr, Robert Duvall, e Billy Bob Thornton arrasando em seus
respectivos papeis. Só por este fato já vale a pena ver o filme, eu
particularmente fui assistir apenas por este motivo. Mas gente que filme
surpreendente, em suas 2:20 de duração você simplesmente se apaixona pela
história, você torce junto com os personagens, você se diverte com Robert e suas tão conhecidas cenas de ironia/cinismo/sarcasmo,
você se solidariza com a situação de Joseph Palmer, você se pega querendo saber
mais e mais sobre o passado desta família. Enfim o filme tem o poder de te
prender, fazer com que você realmente preste atenção no que está sendo contado.
Em
momento algum me cansei do filme, e olha que em todo filme de drama é muito
comum ter aquela partezinha na qual te dá um sono, ou uma vontade de ir embora
do cinema (jogue a primeira pedra quem nunca sentiu isso ahahahah), mas em O
Juiz fiquei focada e intrigada o tempo inteiro, acredito que seja tanto pela
atuação dos atores (Gente é sério, eles arrasam, acho que o Duvall merecia um
Oscar, atuação perfeita!), quanto pela dinâmica das histórias desenvolvidas ao
longo do filme (neste aspecto pontos para as cenas do julgamento, são lindas, e
quebram a monotonia do filme).
Mas com certeza você ai deve se perguntar... e
Robert Downey Jr?... vivendo um dramão
familiar, pode isso produção? PODE SIM, é claro que estamos falando de Robert
Downey Jr, e toda vez que você olha pra ele você vê o Homem de Ferro, não tem
jeito, é tipo Hugh Jackman com o Wolverine. Mas gente Downey detonou no papel,
provou que sabe fazer muito mais do que ação, e conseguiu passar o que a
Diretora do filme, que inclusive é esposa dele, queria ali, você verá Robert
Downey Jr em sua atuação mais pura, sem explosões, alienígenas, armaduras,
lutas, guerras, é apenas ele a câmera e você!
Jian
Oliveira: Então, escolhemos O Juiz. Por quê? Simples, Robert Downey Jr é o ator
principal e... não, só isso mesmo, não vi o trailer, ninguém me recomendou,
nada, apenas ter Tony Stark Robert atuando já é uma grande atração. E
que belíssima atuação ao interpretar o advogado Hank Palmer, ele soube repassar
ao público todas as emoções do personagem, a ira em relação ao tratamento que
ele recebe do pai (o tal Juiz, Joseph Palmer), o desespero ao tentar defendê-lo
da acusação de assassinato (oooo véio difícil viu kkkk), o amor que tem pelos
irmãos, dentre outras. Porém quando ele é irônico, para mim é simplesmente Tony
Stark, o personagem da Marvel é tão a cara do ator, que ele não consegue largá-lo
em alguns momentos (mas nada que atrapalhe o filme).
Judge
Joseph Palmer é quem se encarrega de dar trabalho para Hank o filme inteiro
(ótima atuação de Robert Duvall). Hank possui uma grande carreira como advogado
na cidade, mas volta ao interior, onde o pai e os irmãos moram, por causa da
morte de mãe. Chegando lá ele só é hostilizado pelo pai, que ao final do filme
nos dá a explicação para tanto desentendimento, Hank foi uma criança muito
difícil e precisava de corretivos (mas ele não é teimoso igualzinho o pai?). E
sãos as constantes brigas entre os dois divertem e comovem durante o filme.
Então,
o filme tem boas atuações, mas é aquele negócio lentiiiinho e cheio de mimimi
que os dramas têm. Pra mim a parte mais interessante fica por conta da defesa
feita por Hank, uma vez que ele quer usar todos aqueles artifícios sujos que
ele usa para defender bandidos, enquanto o pai quer algo honesto, manter sua
reputação e ainda esconder de todos a doença que sofre (o câncer, modinha!). Ou
seja, é uma receita para o desastre e os confrontos entre os dois são ótimos (é
a parte pela qual vale a pena assistir o filme).
E no
final, não sabemos se o Juiz realmente assassinou o cara ou não. Eu acho que
sim, ainda mais depois de todo o histórico (o juiz dar uma pena pequena para o
cara no primeiro crime pela semelhança com seu filho, mesma semelhança que faz
Joseph mandar o filho para o reformatório, o cara sair e assassinar uma pessoa
e ainda depois que sair da cadeia pela segunda vez dar muuuuito a entender que
matou a esposa do juiz), então acho que ele matou mesmo. E você mataria?
Nota:
Jian Oliveira – Boas atuações, um enredo um pouco devagar e algumas emoções
pontuais, a parte principal que é o julgamento foi ÓTIMA. Então vou dar um 6,5.
Nota:
Karen Santos – A história é intrigante, as atuações são ótimas, e apesar do
assunto ser bastante comum (mas um drama
familiar) o filme não trata apenas disto, tem o suspense do julgamento, que te
faz querer ver o filme até o final, tem partes engraçadas, tem conflitos, tem
romance, tem Robert Downey Jr em um personagem bem diferente do que você está
acostumado a ver, tem Robert Duvall em uma atuação sensacional, enfim um filme quase
completo, por isto e muito mais minha nota é 8,5.
Nota
Final: 7,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário