The Walking Dead está na reta final da 5ª temporada e posso dizer: Melhor temporada de todas. A cada episódio, mais curioso eu fico, porque, apesar de estar findando uma temporada, eles não revelam nada e geram mais expectativas. Isso é bom e ruim. Bom, porque cria a esperança de que no próximo episódio as coisas possam se resolver. Ruim, porque pra quem não tem paciência, acaba se irritando com a série, alegando "pouca ação e MUITA enrolação". Acho que é uma questão de perspectiva. Nesta temporada, tudo foi bem dosado, por isso não tenho o que reclamar. Enfim, vamos para o episódio.
De início, temos Sasha indo atirar em quadros com retratos de pessoas. Vi a cena três vezes e não entendi ao certo o que se passa com ela. Presumo eu que ela esteja passando por um surto psicológico. Quando na festa, ficou comprovado isso. É um estado emocional de estresse que ela não está conseguindo lidar. Me pareceu, em alguns momentos, que ela tem a impressão de estar sendo perseguida por alguém. Realmente, traumatizada. Toda essa situação é plausível se formos pensar que ela perdeu dois entes (Tyreese e Bob) recentemente e esquecer isso não é fácil pra ninguém. Podemos ainda compará-la com o Rick na época em que Lori morreu, provocando surtos e até visões no protagonista. Enfim, de duas, uma: Ela se recupera e tudo fica bem; ela morre (torço pra isso, sinceramente, já deu Sasha).
Rick, Daryl e Carol estão se reunindo para armarem uma precaução sobre uma possível invasão externa, visto que a arma que Rick havia escondido sumiu. Em meio a conversa, temos dois detalhes interessantes: Primeiro, o "W" na testa do zumbis, indica um grupo novo chamado Wolves, que, como já citei na review anterior, pode conter algum dos três integrantes "desaparecidos" de Alexandria. Provavelmente, eles deverão aparecer no último episódio dessa temporada, proporcionando o gancho para a próxima. fica evidente que eles querem proteger Alexandria, afinal de contas, é um bom lugar de se viver. Mas ai eu lhe pergunto: Deanna já sabe sobre os Wolves? Por isso pediu que Aaron fosse "recrutar" Rick e sua trupe? Provavelmente sim. Fica ai mais uma expectativa, para ser cumprida.
Após isso Daryl sai para caçar (?) e descobre que Aaron estava o seguindo. Se o que eu falei anteriormente é verdade, Alexandria vai precisar confiar em TODOS, não é verdade? Então, Daryl é o único que eles não conhecem e, por consequência, não confiam plenamente, conforme Aaron mesmo disse. No "passeio", eles encontram um cavalo, que me lembrou bastante o cavalo de Rick na primeira temporada. Isso ironizou o título do episódio, mas foi importante para humanizar o Sr. Dixon. Sem se socializar, ele vai para a casa de Aaron, come um macarrão (eu AMO macarrão, fiquei salivando aqui) e vê ali que as pessoas são de bem, "dando o braço a torcer". Mais à frente é comprovado isso, quando após Carol lhe oferecer uma arma, ele rejeita. De certa forma, gosto desse lado de Daryl e acho que funcionará bem o trabalho em conjunto com Aaron.
Com muita conversinha fiada, Deanna consegue convencer Rick e os outros a irem na festinha de boas vindas. Em primeiro ato, vemos alguns personagens com dificuldades de adaptação: Noah, Rosita e até mesmo Abraham. Este último, por sua vez, foi FODA ao falar com Michonne, apesar de não se interagirem muito. O reconhecimento de que ele tem sorte de estar vivo e tudo mais, mostra o quanto ele mudou desde a mentira sobre Washington. Declarar que espera que a negra não use nunca mais a sua espada demonstra que realmente ele está contente e aceita aquele lugar. Essa acomodação de todos é, de certa forma, uma coisa boa, mas, em The Walking Dead, sabemos que as coisas não são tão lindas assim. A frustração com certeza virá e eu estou ansioso para ver a reação de todos quanto à isso.
O foco principal na festinha foi Rick. Logo de início conhece o marido de Deanna, Reg. Reconhecido como herói, ele parte para a conversa com Jessie. Seu marido, Pete, sai para pegar e bebida e não volta mais (?). Rick, três anos sem ver mulher e com uma loira daquela ali na sua frente, logo fica caidinho. Ela o convence de que está em um lugar seguro, e se desarmar de vez, tirar qualquer suspeita sobre as pessoas. Ele, pra não ficar atrás no flerte, diz que tudo o que fez foi devido à Carl e Judith. Muito nobre isso. A tensão sexual entre eles foi gigante e posso dizer que ambos estão atraídos, apesar do meu pé atrás com a moça (vai que é tudo armação né?). Enfim, um beijo no rosto para confirmar a intenção e "tá massa" né Rick. Acho que será uma boa vermos o protagonista com alguém novamente. Vendo Pete como obstáculo, fica a expectativa de como Rick lidará com essa situação. Uma pequena demonstração foi dada quando ele vê o casal passando nas ruas e empunha a arma guardada nas costas. Calma tio Rick!
Para finalizar, vamos falar de Carol. Primeiro, a história de que ela é "um fantasma" não cola ali, pois todos chegaram armados e, se Aaron estava mesmo os observando há tempos, ele sabe do potencial de Carol e teria contado à Deanna, certo? Mas ok. Ao conseguir pegar as armas, é interceptada pelo filho de Jessie, Sam. Achei sensacional o lado darkness e todo o terror que Carol fez com o moleque. Com aquela pressão ali, não sei como o menino não mijou nas calças! Hahaha, a cara de espantado dele, coitado. Muito bom Carol, muito mesmo.
Em suma foi um bom episódio. Baseado na adaptação dos personagens à Alexandria (acho até que o "A" do carimbo na mão de Rick signifique "Adaptation"), não possuiu muitas revelações e a expectativa sobre os Wolves aumentou. Por isso, a nota 7,5 cabelos loiros está de bom tamanho.
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